O melhor o tempo esconde,
longe, muito longe
Mas bem dentro aqui,
[...]
Pena de Pavão de Krishna,
maravilha,
vixe! Maria Mãe de Deus,
será que esses olhos são meus ?
Fragmentos: Trilhos Urbanos (Caetano Veloso)
Registro de pequenos fragmentos que se destacam do cotidiano.
Sempre fui bom
Nunca fui bad
Posso ser mau
Se eu quiser
Nada impede
Mas é um dom
Quase profético
Nasci assim sou assim
É genético
Nunca fui bom
Sempre fui médio
Nasci assim
Que fazer
Que remédio
Vou melhorar
É o que veremos
Sou todo assim
Mais ou menos
Sempre fui bom
Sempre fui médio
É o meu dom
E o meu tédio
Eu já sou má
Má espontânea
Oh nunca vi
Crueldade tamanha
Ódio mortal
Do fundo do peito
Não sei porque
Que eu nasci
Desse jeito
Eu sou tão bom
Tenho uns defeitos
Quero matar
O primeiro sujeito
Médio má bom
Um trio de efeitos
Juntos seremos eleitos
Sou o melhor
Sou a pior
Sou um medíocre perfeito
Quero sucesso
Quero fracasso
Sei que pra mim
Regular já é o máximo
Composição: José Miguel Wisnik e Luiz Tatit
"Tudo isso tão distante, tão próximo. Uma simples divisória, fina como um espelho, separa o mundo de ontem do meu mundo de hoje. Não falo de nostalgia. Tal impressão de desamparo nunca me causou nenhum prazer. Falo de substância, de sensações, da parte mais lógica de minha vida. Alguma coisa me foi dada, alguma coisa me foi tomada de novo."
Trecho do livro "O africano", do escritor francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, vencedor do prêmio Nobel. A obra foi lançada no Brasil pela editora Cosac Naify.
Imagem: Longe-Perto, por mim.
Ainda não tenho claro que formas e conteúdos registrarei por aqui.
Por enquanto, na minha incerteza, pretendo que esse espaço seja de leveza, de bem estar, de nuances que causem provocações aos sentidos daqueles que aqui vierem, ao acaso ou por convite;
Que as pessoas que por aqui passem, compreendam fragmentos da minha história, capturem elementos do universo que me compõe e, assim, que me conheçam por si mesmas, sem contudo, que eu me sinta (ou que me sintam) explicitadamente revelada.Simples?