O tempo não tem retorno,
vive na memória,
já não existe,
apenas acontece,
não se muda,
não se repete.
O tempo passa.
Passam as pessoas.
Coleccionam-se experiências,
experimentam-se vivências,
vive-se o tempo,
que apenas acontece,
que não tem retorno,
até ser passado.
(António Manuel Rodrigues)
Um ano. Para além do que revela o percurso de um extremo e outro na linearidade do calendário, tanto mais sentido teve o que foi circunscrito e se mostrou como o recheio desse intervalo fugidio.
Tempo simbólico. Tempo tecido. Tempo construção.
vive na memória,
já não existe,
apenas acontece,
não se muda,
não se repete.
O tempo passa.
Passam as pessoas.
Coleccionam-se experiências,
experimentam-se vivências,
vive-se o tempo,
que apenas acontece,
que não tem retorno,
até ser passado.
(António Manuel Rodrigues)
Um ano. Para além do que revela o percurso de um extremo e outro na linearidade do calendário, tanto mais sentido teve o que foi circunscrito e se mostrou como o recheio desse intervalo fugidio.
Tempo simbólico. Tempo tecido. Tempo construção.
Tempo cronológico. Quando submetido aos diversos instrumentos cada vez mais precisos e que se desdobram em múltiplas e minúsculas unidades, mostra a ânsia que temos, por vezes, voraz,
em segurá-lo pelo pescoço e esganá-lo,
capturá-lo para controlá-lo,
e noutras, docemente,
tomá-lo pelas mãos e conduzí-lo,
ou simplesmente detê-lo...adiá-lo...
Tempo pseudo-dominado, que denuncia o rompimento da relação direta homem-mundo e descortina as cores culturais que nos legitimam a nomear a cada segundo do presente, à memória do passado e às expectativas de futuro, as sensações e sentimentos que desses tempos decorrem.
Nessa dimensão outra, excluídos do 'eterno-presente' nos desvinculamos definitivamente dos nossos antepassados (e da natureza) ao não vivermos o mundo como ele se apresenta.
Tempo tecido,
Tempo simbólico,
Tempo construção.
Imerso no mosaico de instrumentos, de símbolos e de sentidos, esse modesto blog completa hoje um ano.
Culturalmente, ainda bebê, foi se constituindo de nuances entre a robustez e a fragilidade das palavras. Palavras que também são marcos. Que constrangem, que delimitam, que inflam, que multiplicam e que nessa plasti-elasticidade, tecem territórios e definem mundos.
Palavras emprestadas, que passam de mão em mão, de boca em boca, de pensamento em pensamento...
É pela palavra que eu o homenageio, na sua meninice, através da poesia.
Formas de abençoar
Fique aqui mesmo,
morra antes de mim,
mas não vá para o mundo.
Repito: não vá para o mundo,
que o mundo tem gente, meu filho.
[...]Há uma mentira por aí chamada infância, você tem?
Mesmo sem a ter, vai pagar essa viagem que não fez.
[...]
No início, todos o perdoam, esperando que você cresça,
esperando que você cresça para nunca mais perdoá-lo.
(Alberto da Cunha Melo - poeta brasileiro)
em segurá-lo pelo pescoço e esganá-lo,
capturá-lo para controlá-lo,
e noutras, docemente,
tomá-lo pelas mãos e conduzí-lo,
ou simplesmente detê-lo...adiá-lo...
Tempo pseudo-dominado, que denuncia o rompimento da relação direta homem-mundo e descortina as cores culturais que nos legitimam a nomear a cada segundo do presente, à memória do passado e às expectativas de futuro, as sensações e sentimentos que desses tempos decorrem.
Nessa dimensão outra, excluídos do 'eterno-presente' nos desvinculamos definitivamente dos nossos antepassados (e da natureza) ao não vivermos o mundo como ele se apresenta.
Tempo tecido,
Tempo simbólico,
Tempo construção.
Imerso no mosaico de instrumentos, de símbolos e de sentidos, esse modesto blog completa hoje um ano.
Culturalmente, ainda bebê, foi se constituindo de nuances entre a robustez e a fragilidade das palavras. Palavras que também são marcos. Que constrangem, que delimitam, que inflam, que multiplicam e que nessa plasti-elasticidade, tecem territórios e definem mundos.
Palavras emprestadas, que passam de mão em mão, de boca em boca, de pensamento em pensamento...
É pela palavra que eu o homenageio, na sua meninice, através da poesia.
Formas de abençoar
Fique aqui mesmo,
morra antes de mim,
mas não vá para o mundo.
Repito: não vá para o mundo,
que o mundo tem gente, meu filho.
[...]Há uma mentira por aí chamada infância, você tem?
Mesmo sem a ter, vai pagar essa viagem que não fez.
[...]
No início, todos o perdoam, esperando que você cresça,
esperando que você cresça para nunca mais perdoá-lo.
(Alberto da Cunha Melo - poeta brasileiro)
Foi como olhar uma fotografia antiga! Daquelas, das amareladas meio tostadas pelo "tempo-fogo" que nada perdoa e a tudo limita! Uma foto tão antiga, que até pensei não fosse minha...
ResponderExcluirAbraços
Ricardo Kersting
Parabens pelo aniversario do blog e pelo texto escolhido.
ResponderExcluirSou visitante diario e nele tenho " bebido " sempre algo de bom.
Por este ano de posts , o meu muito obrigado.