Não sei a origem dessa expressão, o que sei é que ela é usada tanto por nós, aqui no Brasil como em Portugal. Ela fez parte do meu vocabulário na adolescência, mas há muito que caiu em desuso no meu repertório. Ficou lá, mascarada pelos vernizes que as teias de palavras e imagens habituais foram tecendo ao longo do tempo. Recentemente deparei-me com ela em um comentário que uma garota portuguesa fez a respeito de uma foto de um jogador do FC Porto em um sítio de relacionamento.
Ambos, a 'rapariga' e o moço seguem anônimos. A atenção foi mesmo voltada para a imagem que o efeito da palavra provocou. 'Ai, sim', comentou ela em seu registro sob a imagem do atleta ao lado de um carro esportivo. E eu pensei: que força tem essa expressão.
Ambos, a 'rapariga' e o moço seguem anônimos. A atenção foi mesmo voltada para a imagem que o efeito da palavra provocou. 'Ai, sim', comentou ela em seu registro sob a imagem do atleta ao lado de um carro esportivo. E eu pensei: que força tem essa expressão.
O moço era bonito, de fato. Porte atlético, uniforme do FC, recostado na lateral do carro esportivo. No entanto, ao ler o comentário.... aí, sim!! Magicamente outros pensamentos brotaram daquela ideia inicial: alargou-se o seu sorriso, o carro reluzia e o que era uma pose clássica de foto passa a ser, potencialmente, tantas outras coisas... Como ela vem carregada de sentidos! Que poder!
Tão simples, entretanto produz uma imagem de otimismo que, qualquer que seja o assunto, se o interlocutor faz uso desse pequeno recurso e lança na conversa um "aí, sim!!!" um novo panorama se desenha e tudo o que se falava até então adquire um subvalor, um peso de menos bom e dá lugar ao pensamento com perspectiva, através dessa nova imagem. O que era trivial adquire contornos e cores, como se luzes potentes fossem acionadas em todos os interruptores da conversa e o tema dá um passo adiante.
Tão simples, entretanto produz uma imagem de otimismo que, qualquer que seja o assunto, se o interlocutor faz uso desse pequeno recurso e lança na conversa um "aí, sim!!!" um novo panorama se desenha e tudo o que se falava até então adquire um subvalor, um peso de menos bom e dá lugar ao pensamento com perspectiva, através dessa nova imagem. O que era trivial adquire contornos e cores, como se luzes potentes fossem acionadas em todos os interruptores da conversa e o tema dá um passo adiante.
Essa mensagem não tem imagem, mas disponibilizo a expressão pra quem quiser fazer uso pensando em novos sentidos. Aí, sim!
Ao ler este post , dei comigo a pensar se eu no meu Português de Portugal uso o exposto “ Ai Sim ! “
ResponderExcluirSim uso e abuso , faz parte do meu vocabulário oral , mas nunca o uso na escrita .
Pensando bem , uso muitas vezes em conversa telefónica , o “ ai sim “ tem um sentido forte de expressão de surpresa sobre algo que nos foi dito e que na conversa pessoal é substituído por uma expressão facial ou das mãos .
Ao telefone esta expressão é dita com forte acento no “ sim “ que demonstra surpresa e admiração pelo que acabamos de escutar .
Na conversa pessoal esta expressão é substituída por expressão facial ou por outra muito comum “ não me digas “ que também demonstra admiração e surpresa .
Curiosamente o “ ai sim “ não tem tanta força como o “ não me digas “ o “ ai sim “ tem um pouco o efeito de recebi a informação e assunto encerrado , e o “ não me digas” deixa em aberto que do outro lado continuem com o assunto .
Outra expressão usada muito na conversa telefónica que demonstra desinteresse no que estamos a escutar , e o também famoso “ pois , pois “
Espero com este comentário ter ajudado um pouco no entendimento do uso do “ ai sim “
Contribuiu, sim e ampliou. Obrigada.
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