Biologicamente, vários aspectos nos aproximam, nós, as gentes, enquanto raça humana ao passo que tantos outros, nos distanciam, enquanto seres sociais - como a língua, a religião, as condições sócio-econômicas, geográficas e outras que muitas vezes por serem visivelmente contrastantes, chocam.
Entretanto, dentre as imagens recentes divulgadas pela net por esses dias, que dão conta e ilustram notícias do terremoto em Porto Príncipe (Haiti), do deslizamento em Angra dos Reis (Brasil) ou em menores proporções, na banalidade do cotidiano, entre nevascas, incêndios, enchentes, ondas marítimas enormes ou calor intenso e tantas mais que atribuímos de forma generalizada ao 'aquecimento global' - algumas dessas contradições, quando não anulam ou se igualam na catástrofe, nos humanizam, nos assemelham ao outro e nos devolvem nossa identidade primeira: somos pessoas. Se a morte de tanta gente é outro ponto comum, agrego, então, a essas, outras e não menos graves situações de conflito, provocadas intencional e diretamente pela 'mão do homem', como na Palestina e em outras regiões onde se matam pessoas e não é raro as atitudes se pautarem em torno de ideais que se justificam legítimos e em nome da paz.
Que aprendizado podemos tirar disso?
A natureza, em sentido amplo, se encarrega de diminuir as desigualdades tão difícieis de serem enfrentadas e solucionadas pela complexa 'razão humana' e nos mostra quão frágil é a vida. Ante a surpreendente força da natureza e a fragilidade da vida humana, talvez seja onde devamos buscar o ponto de equilíbrio para tirarmos a lição que nos falta e solucionarmos os tantos conflitos causados pela razão e ou pelas mãos e chegarmos à tradução do que seria o real 'sentido da vida'.
* São Tomás de Aquino
Imagem: cães pisteiros
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