

Parecemo-nos muito; assim dizem — e eu o creio.
Além do mesmo sangue, almas iguais nós temos;
pois, pelo mesmo ideal e com o mesmo anseio,
dentro da vida, nós lutamos e sofremos.
Vemos na arte um refúgio, um oásis, um esteio
para a nossa inquietude, e num barco sem remos
vagamos à mercê do próprio devaneio,
sabendo que jamais à enseada chegaremos...
E, apesar de ela ter todo um sol na cabeça
e o nevoeiro do inverno a minha já embranqueça,
da angústia de minha alma a sua compartilha:
Ela pensa, eu medito... Ela sonha, eu me lembro...
Nossa pobreza é igual de dezembro a novembro:
Quem somos, afinal? Apenas, mãe e filha.
Além do mesmo sangue, almas iguais nós temos;
pois, pelo mesmo ideal e com o mesmo anseio,
dentro da vida, nós lutamos e sofremos.
Vemos na arte um refúgio, um oásis, um esteio
para a nossa inquietude, e num barco sem remos
vagamos à mercê do próprio devaneio,
sabendo que jamais à enseada chegaremos...
E, apesar de ela ter todo um sol na cabeça
e o nevoeiro do inverno a minha já embranqueça,
da angústia de minha alma a sua compartilha:
Ela pensa, eu medito... Ela sonha, eu me lembro...
Nossa pobreza é igual de dezembro a novembro:
Quem somos, afinal? Apenas, mãe e filha.
Poesia NÓS DUAS - In: CAVALHEIRO, Maria Thereza. Colombina e sua poesia romântica e erótica: esboço biográfico e seleção de poemas. São Paulo: J. Scortecci, 1987. p.33-10
Imagem: Proposta com árvore e luz - Larissa outubro 2011
Simplesmente FANTASTICO !
ResponderExcluirParabens !
Quase arrisco a dizer que é o teu melhor post.
Se me permites , Um beijo á mãe e á filha