Às vezes enlouqueço
e esqueço o caminho do poço.
o balde que trago é de gesso,
a sede que sinto é no osso.
os líquidos eu conheço
mergulhado até o pescoço,
do mais fino ao mais espesso
todos molham só a língua.
bebendo e morrendo à míngua,
tenho a sede que mereço.
e esqueço o caminho do poço.
o balde que trago é de gesso,
a sede que sinto é no osso.
os líquidos eu conheço
mergulhado até o pescoço,
do mais fino ao mais espesso
todos molham só a língua.
bebendo e morrendo à míngua,
tenho a sede que mereço.
André de Avila Ramos - professor da UFSC.
Disponível em:http://www.agecom.ufsc.br/index.php?id=13344&url=ufsc
Imagem: Poço Iniciático II - Elsa M. Rodrigues
Disponível em: http://br.olhares.com/poco_iniciatico_ii_foto548743.html
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