segunda-feira, 16 de março de 2009

Um novo tempo, apesar dos perigos....


Um novo ano escolar é também início de novos tempos.

Filho no cursinho para vestibulinho, Filha no cursinho para vestibular. Uma nova fase para ele, para ela e para mim. Adequações nos horários para melhor conciliarmos as agendas de forma que todos consigamos cumprir nossos compromissos de filho, de filha e de mãe, no meu caso.

No trabalho, pretendo conciliar a jornada da escola com a participação no grupo de estudos e uma aula na universidade. É um período longo e desgastante, contudo, há uma necessidade em compartilhar esse tempo com outros olhares e em outros espaços, para que o território do trabalho não se torne árido.

Sobre os filhos, quando os vejo fazendo uso de transporte público, autônomos, independentes, fico dividida. É como nos primeiros passos, quando soltam das nossas mãos e seguem a explorar, sozinhos, os cômodos da casa... Assim é esse sentimento; são passos para a autonomia num universo cada vez maior e mais diverso. É o momento de exercitarem os combinados em casa, mesmo estando distantes de casa. É o ritual de passagem... é um novo tempo para eles e para mim.
Estou confiante, mas apreensiva.

Um comentário:

  1. A tua escrita é de um doçura enorme , a forma como descrever os teus medos, é salpicada de algodão doce que me faz recordar a minha infância.
    Procurar novos horizontes para sossegar a nossa mente perante o crescimento dos filhos, fiz o mesmo e por isso hoje sento-me de novo nas cadeiras da faculdade, na expectativa de ter um dia mais cheio de forma que as paredes de casa não me olhem permanentemente no seu silencio.
    Os transportes públicos que falas , são quase como uma metáfora dessa mesma fase de vida, são os transportes públicos, são os amigos são os namorados e namoradas, é a vida a escorregar pelas nossas mãos.
    Durante bastante tempo esperei pelos fins de semana para ter a companhia de minha filha, ainda este ultimo fiquei sozinho, foi passar o final de semana com o namorado , fui correr para me distrair, cheguei a casa com o corpo dorido e a alma vazia.
    Gostava de conseguir escrever com a mesma doçura que tu , mas não consigo , talvez por isso tenha em tempos te atribuído um “ Óscar “ .
    És como as abelhas fazes a doçura com o mais simples e naturais dos actos diários.

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