sábado, 30 de maio de 2009

As Folhas Mortas

Agradeço e retribuo a um amigo:
Oh, eu queria tanto que você se lembrasse,
Dos dias felizes quando nós éramos amigos,
Nesse tempo, a vida era mais bela,
E o sol queimava mais que hoje.
As folhas mortas são colhidas com uma pá.
Você vê, eu não me esqueci.
As folhas mortas são colhidas com uma pá,
As lembranças e os arrependimentos também,
E o vento do norte as leva,
Na noite fria do esquecimento.
Você vê, eu não me esqueci,
Da canção que você cantava...
É uma canção que parece com a gente,
Você que me amava, eu que te amava.
Nós vivíamos, os dois, juntos,
Você que me amava, eu que te amava.
E a vida separa aqueles que se amam,
Levemente, sem fazer barulho.
E o mar apaga, sobre a areia,
Os passos dos amantes separados.
Nós vivíamos, os dois, juntos,
Você que me amava, eu que te amava.
E a vida separa aqueles que se amam,
Levemente, sem fazer barulho.
E o mar apaga, sobre a areia,
Os passos dos amantes separados..."


Les feuilles mortes - Tradução: Fernando Dollyman
Escrita em 1945 por Jacques Prévert (1900-1977), com música do compositor húngaro Joseph Kosma (1905-1969) e interpretação de Yves Montand (1921-1991) em 1981 no Olympia de Paris.
Imagem: Raízes - Marilene Simão de Alcântara - Brasília - http://br.olhares.com/raizes_foto1448193.html

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