quarta-feira, 9 de abril de 2008

Caixinha e Gergelim *

"Essa busca de seu próprio clown reside na liberdade de poder ser o que se é e de fazer os outros rirem disso, de aceitar a sua verdade. Existe em nós uma criança que cresceu e que a sociedade não permite aparecer; a cena a permitirá melhor do que a vida." (Jacques Lecoq)
"Clown se traduz por palhaço, mas as duas palavras têm origens diferentes. Clown, no inglês, segundo Ruiz (1987), está ligado ao termo camponês “clod”, ao rústico, à terra. Já palhaço vem do italiano “paglia” (palha), usada para revestir colchões: a primitiva roupa do palhaço era feita do mesmo tecido grosso e listrado do colchão. Outra origem é “palhaço” na língua celta, que originalmente designa um fazendeiro, um campônio, visto pelas pessoas da cidade como um indivíduo desajeitado e engraçado (Masetti,1998). Para Fellini (1986), o palhaço é mais de feira e praça, o clown de circo e palco. Tessari coloca que, tanto na língua comum italiana quanto na linguagem especializada do espetáculo, hoje não existe nenhuma diferença entre a palavra palhaço e a palavra clown, pois as duas palavras se confluem em essências cômicas. A primeira, no entanto, é usada, às vezes, como insulto, significando estúpido, ridículo e exibicionista, ou para indicar o cômico do circo."
Extraído de: http://www.clown.comico.nom.br/clown.htm

* Vi a dupla em uma performance no SESC Campinas, em 2007. Eles são bárbaros.

Um comentário:

  1. De facto a figura do palhaço é algo de enigmático , não me recordo do nome do autor nem do próprio livro pois já o li á muitos e muitos anos , mas lembro-me que era passado num circo itinerante em que era feita a comparação da vida em sociedade dentro da comunidade circense e o que podia ser a vida em sociedade fora dessa comunidade ou seja na comunidade de todos nós.
    A figura central era o palhaço do circo , ele era o pêndulo o que marcava o ritmo dos bastidores, e que fazia a gestão do próprio circo, e tinha o dilema de viver carregado de problemas mas na hora do espectáculo tinha que se transformar e rir e fazer rir .
    Este dilema de ser um humano angustiado e feliz era narrado de uma forma muito interessante e ao ler este teu post me lembrei do livro. Já tenho programa para o final de semana ir para a FNAC procurar o livro, sei que vou gostar de o ler de novo e estou certo que mesmo passados uns bons 20 anos ele deve estar mais actualizado que nunca.

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